O Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, prepara-se para receber entre os dias 7 e 9 de novembro o Qatar Airways Grande Prémio de Portugal 2025, a penúltima etapa do Campeonato do Mundo de MotoGP. O evento promete ser um dos mais emocionantes do ano, uma vez que será a "Last Dance" / última corrida de Miguel Oliveira em solo português, em MotoGP, antes da transição para o Mundial de Superbikes em 2026.

Um fim de semana histórico

Com capacidade para 90 mil lugares sentados, o Autódromo Internacional do Algarve (AIA) volta a ser o epicentro do motociclismo mundial. A organização estima receber cerca de 170 mil espectadores ao longo dos três dias de competição, números semelhantes aos registados em 2024.

Jaime Costa, diretor do AIA, destaca que o ritmo de vendas está em linha com o ano anterior e acredita que a despedida de Miguel Oliveira atrairá ainda mais público. O piloto português, que venceu neste circuito em 2020, volta a um palco que lhe traz boas memórias, e também alguns momentos difíceis, naquela que será a sua sétima e última época no MotoGP antes da mudança para a BMW no Mundial de Superbikes.

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Desde que o Grande Prémio de Portugal se fixou em Portimão, em 2020, o circuito algarvio tem sido palco de grandes corridas e fortes emoções. Miguel Oliveira, Fabio Quartararo e Francesco Bagnaia são alguns dos pilotos que já subiram ao lugar mais alto do pódio.

Este ano, o evento decorre sem a presença dos campeões Jorge Martin (Aprilia) e Marc Márquez (Ducati), ambos afastados por lesão, o que promete abrir novas oportunidades para surpresas na 21.ª de 22 rondas do campeonato.

Além da competição principal, o fim de semana inclui as categorias Moto2, Moto3 e MotoE, bem como diversas atividades para os fãs, zonas de restauração e espaços dedicados às marcas do setor motorizado.

Impacto económico e turístico no Algarve

Mais do que um evento desportivo, o MotoGP em Portimão é um verdadeiro motor económico. De acordo com dados da Unicre, durante a edição de 2024 os pagamentos com cartões aumentaram 11% entre portugueses e 16% entre estrangeiros na região. A estimativa para este ano aponta para um impacto económico entre 70 e 80 milhões de euros, abrangendo setores como hotelaria, restauração, transportes e telecomunicações.

Jaime Costa sublinha que o MotoGP reforça a imagem de Portugal como destino turístico e organizador de grandes eventos internacionais, consolidando o Algarve como uma referência mundial no desporto motorizado.

Acessos, transportes e recomendações

• Para garantir uma experiência segura e fluida, a organização recomenda que os visitantes cheguem com antecedência e utilizem os transportes gratuitos disponíveis entre o autódromo e as cidades de Portimão, Lagos e Figueira, com shuttles a operar entre as 08h00 e as 18h30.

• Quem optar por viatura própria poderá estacionar nos parques do recinto, com acesso gratuito ou bilhete pago junto à bancada principal. Todos os parques contarão com segurança permanente e equipas de apoio.

• O recinto abrirá portas às 07h30 na sexta-feira, às 07h40 no sábado e às 08h40 no domingo, com início das atividades na pista previsto para as 08h30.

• Entre as regras principais, destaca-se a proibição do consumo de bebidas alcoólicas nas bancadas, sendo apenas permitido em zonas exteriores devidamente assinaladas. É também obrigatória a apresentação de bilhete e documento de identificação à entrada.

Programa

• Sexta-feira (7 nov): Treinos livres das categorias Moto3, Moto2, MotoGP e MotoE.

• Sábado (8 nov): Sessões de qualificação e corrida sprint de MotoGP.

• Domingo (9 nov): Corridas de Moto2 (11h15), MotoGP (13h00) e Moto3 (14h30).

Despedida do "Falcão"

Miguel Oliveira, natural de Almada e atualmente com 30 anos, leva 115 corridas em MotoGP, com 5 vitórias, 7 pódios e uma pole position, precisamente conquistada em Portimão em 2020. A despedida do público português será um momento de grande emoção, não apenas para os fãs, mas também para o desporto nacional.

O piloto português é um dos quatro que já venceram no circuito algarvio, ao lado de Quartararo, Bagnaia e Jorge Martin. O AIA, inaugurado em 2008, volta assim a ser o palco perfeito para celebrar o talento, a velocidade e a paixão pelo motociclismo.

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