Portagens em Portugal vão subir cerca de 2,3 % em 2026

Portagens em Portugal vão subir cerca de 2,3 % em 2026

As portagens nas autoestradas portuguesas vão ficar mais caras já a partir de 1 de janeiro de 2026, com um aumento médio previsto de 2,3 %, de acordo com a atualização automática que resulta da taxa de inflação.

A fórmula de cálculo, aplicada todos os anos, tem em conta 80 % da variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) sem habitação entre outubro de 2024 e setembro de 2025. Segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), essa variação situou-se em 2,9 %, o que se traduz num aumento de 2,3 % nas portagens.


Aumento generalizado, mas com limites

O acréscimo de preços aplica-se tanto às autoestradas concessionadas à Brisa, Ascendi, Lusoponte, Globalvia, entre outras, como às SCUT (vias sem custo direto para o utilizador que passaram a ter portagem). Contudo, algumas empresas concessionárias poderão decidir não aplicar a totalidade do aumento, dependendo de políticas comerciais ou acordos com o Estado.

Em 2025, as portagens já tinham subido 2,1 %, depois de um congelamento parcial em 2023, quando o Governo limitou os aumentos a 4,9 %, apesar de a inflação justificar um acréscimo superior a 9 %.


Impacto direto para os condutores

Embora um aumento de 2,3 % possa parecer pequeno, o impacto será sentido sobretudo por quem utiliza diariamente as autoestradas. Um percurso regular entre Lisboa e Porto, por exemplo, pode encarecer cerca de 1 € a mais por viagem. No caso de trajetos curtos, o acréscimo será de alguns cêntimos, mas a soma ao final do mês pode fazer diferença no orçamento de muitas famílias.

Empresas de transporte, motoristas profissionais e trabalhadores que dependem do carro para deslocações diárias também sentirão este aumento nos custos operacionais.


Possíveis medidas de compensação

O Governo ainda não anunciou medidas específicas para compensar o aumento, mas a revisão do modelo de portagens nas ex-SCUT continua em análise. Alguns partidos e associações do setor têm defendido a redução de tarifas nas zonas do interior, como forma de equilibrar o desenvolvimento regional e apoiar populações que dependem mais do automóvel.

Por enquanto, a única certeza é que 2026 começará com portagens mais caras em todo o país.

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